jeudi 26 mars 2009

images* expos *imagens *expos



MULHERES DAMES

Expositions
Museu da Cultura, Brasil,2002
Ville Mais D'Ici, France, 2007
Centre de Culture Aubervilliers, France, 2007

DONA EFIGENIA,







































































DONA DA LUZ, la sorcière


































































dimanche 22 mars 2009

Caminhos antrofotos - Chemins anthrophotos




Sergipe Aracaju, Editora Rios, 1989, São Paulo, Brasil


Este livro fez parte de uma série "Intinerário Brasil " um projeto de publicaçoes de varios diarios de viagens pelo nordeste brasiliero. Pequeno formato com postais e um guia da cidade. 
Quando este livro foi publicado bem no meu inicio da minha carreira como fotografa, um amigo surpreso disse-me: - Rosane você esta començando sua carreira pelo fim! Publicar um livro é preciso de experiência! Bom para mim, foi diferente, meu trabalho é um pouco o inverso , uma maneira socratica de viver aprendendo, desaprendendo. A fotografia aprende-se quando começamos a desfotografar! 

Ce livre, le premier de la série « Intinerário Brasil » un projet de publications de carnets de voyages des régions du Nordeste brésilien. Petit format avec des cartes postales jointes.
Format 18x24, 42 photos et poésies, 63 pages, 1 carte postal et un plan de la ville
Lorsque ce livre a été publié, un collègue photographe m'a dit : - Tu as commencé ta carrière professionnel par la fin. Pour publier un livre on a besoin d'expérience ! Voilà c'est fait! La photographie c'est comme ça, la photographie on s'apprend en faisant. Une manière socratique d'être on apprend, (des) apprenant. 




















Os anos de trabalho com a fotografia me forneceram elementos para entender as ligações entre o sujeito e o objeto, entre o “eu” e a natureza. A fotografia foi sempre um meio de me conhecer. Meu encontro com a antropologia aconteceu graças à Carmem Junqueira.Ela me convidou a pensar sobre a ciência, a arte e a religião. Sábia e com uma profundo conhecimento sobre o xamanismo (dos Indios Kamaiurá, Cinta Larga) ela me mostrou o caminho do "outro" diferente. Um "Outro" que faz parte da minha própria cultura. Um outro, muitas vezes, dominado, colonizado e marginalizado. E foi quando eu tomei consciência dos olhares cruzados entre a antropologia, a fotografia e a religiao.

Eu começei um ciclo de reflexao e de pesquisas.Este foi o sujeito do meu mestrado e publicada como " Fotografia e Antropologia, olhares fora-dentro" colocando como referência o fotógrafo e etnológo francês Pierre Verger.



Les années de travail avec la photographie m’ont fourni des éléments pour comprendre les rapports entre le sujet et l’objet, entre moi et la nature. La photographie a été toujours un moyen de me connaitre. Ma rencontre avec l’anthropologie a eu lieu grâce à Carmen Junqueira. Elle m’a invité à réfléchir sur la science et sur la religion. Sage, avec une profonde connaissance sur le chamanisme des indiens Kamaiurá, Cinta Larga (Mato Grosso, Brésil), elle m’a montré le chemin pour obtenir une meilleure perception “de l’autre” différent, “l’Autre”enraciné dans ma propre culture. Un "Autre", parfois dominé, colonisé et marginalisé. 
Lorsque j’ai pris conscience des regards croisés entre la photographie, l’anthropologie et la religion,j’ai commencé un autre cycle de réflexion. Mon regard est devenu le sujet de ma maitrise et par la suite de mon livre:“Photographie et anthropologie, regards dedans et dehors" et como référence le photographe et ethnologue français Pierre Verger .





PHOTOGRAPHIE ET ANTHROPOLOGIE,
les regards dehors et dedans.

Estaçáo Liberdade, EDUC, FAPESP, São Paulo,2002


EXTRAITS


A busca de imagens deixou de ser uma busca de fatos, mas também uma fragmentação desses fatos. Na multiplicidade, elas estão cada vez mais se perdendo. Hoje não se sabe onde está o original, não se tem mais a proximidade com a realidade, não existe ponto fixo. A realidade é indetectável. As imagens são profecias de uma época e hoje não passam de reflexos em vidros sem pontos de referências. 

La recherche des images a cessé d’être une recherche de faits, elles sont une fragmentation de ces faits même. Elles sont perdues dans la multiplicité. Aujourd’hui, on ne sait pas où est l’original, l n’existe plus d’approches de la réalité, il n’existe pas un point fixe. La réalité est indétectable. Les images sont des prophéties d’une époque. Aujourd’hui elles ne sont que des reflets sur les vitrines sans aucun point de référence”
     
                                                         ***********
(...) o ato de fotografar me ensinou a contemplar as coisas do mundo, e a estar mais atenta ao movimentos da natureza e a natureza dos moviementos. Eu aprendi a observar as pequenas coisas, pequenos detalhes no universo e na globalidade. 

(...) l’acte de photographier m’a enseigné à contempler les choses du monde, et à faire attention au mouvement de la nature et à la nature des mouvements. J’ai appris à observer les petites choses à l’intérieur d’un univers et les détails à l’intérieur de la globalité.



foto Rosane de Andrade              Dona da Luz, Curitiba , 1999




fotos Guido Boddiani             indios Cadiwéu, , 1876, pag. 58